Este livro foi um dos melhores que li. O autor é um infectologista e oncologista e por muito tempo trabalhou nas duas áreas. Fez cursos no exterior, pesquisa. Mas o que mais me impressionou no Drauzio foi sua humanidade com os pacientes terminais. Esta obra conta um pouco das histórias ao longo de sua profissão. Não vou contar o livro, mas três histórias interessantes, para que o leitor do blog possa julgar se deseja ler ou não.
Primeiro.
Um senhor de 80 anos é diagnosticado com câncer e necessitaria de um procedimento que deixaria um orifício em sua traqueia para respirar. Ele prontamente disse que não passaria seus últimos dias desta maneira. Os médicos então o desenganaram. No entanto, o autor recomendou um procedimento experimental. Após o procedimento o paciente não só ficou melhor, como morreu com 88 anos, dormindo.
Segundo.
Um senhor foi diagnosticado com câncer de pulmão. O cirurgião não quis retirar por que estava bastante atrelado aos vasos sanguíneos. A família pediu ao médico que não contasse para ele. Disseram então que era um fungo e começaram o tratamento. No fim de um dia de trabalho, Drauzio recebeu uma visita. Era o paciente. Ele disse para não contar à família que ele sabia que era câncer. Então ficou a família mentindo para ele e ele mentindo para a família. Após um ano, nas suas últimas horas, com a família ao seu lado, no oxigênio, o autor foi perguntar se estava confortável. Ele disse que sim, tirou a máscara e falou: eita fungo brabo doutor, e riu. Morreu pela manhã do outro dia.
Terceiro.
Um paciente com HIV (tempo onde só existia o AZT) não respondia mais ao tratamento. Estava com infecções recorrentes no pulmão e provavelmente morreria em uma semana. Drauzio foi em um evento nos Estados Unidos onde encontrou o pesquisador que testava o novo coquetel de drogas para a doença. Pediu que incluísse
todos os pacientes dele e foi atendido. O paciente não só se recuperou como está vivo até hoje.
Bom, são histórias interessantes, uma após a outra.
Nenhum comentário :
Postar um comentário