sábado, 25 de julho de 2015

O VELHO E O MAR – Ernest Hemingway

Eu li dois livros de Ernest Hemingway, mas estou procurando uma biografia boa (dele) para ler. Encanta-me este homem. Os dois livros que li apresentam um certo ar de melancolia, o mesmo que senti ao ler o “Apanhador no campo de centeio” de Jerome D. Salinger. Hemingway viveu sempre no limite: bebida, mulheres, caça, pesca. Adorava touradas. Viveu boa parte de sua vida em Cuba. Seu pai suicidou-se. Hemingway, quando ficou velho, doente, já com lapsos de memória, não teve dúvidas, suicidou-se com um rifle de caça. Mas vamos ao livro.

Hemingway ganhou o Nobel com este livro, em especial pela maneira de narrar a história. Mais importante que a história em si, é o que ela nos passa. Um velho marinheiro fisga um espadarte gigante e luta com ele durante dias. O autor discorre da luta do peixe e do pescador e da relação que se estabelece entre os dois. O pescador enfrenta o sol forte, bolhas nas mãos. Não vou contar o final, mas adianto que ele arrasta o peixe para a costa.

O livro em si nos faz pensar sobre perseverança. Mas o final do livro nos leva a pergunta: nossa vida é uma questão de sorte ou acaso? Será possível perseverar sem sorte? É um livro de poucas páginas, mas muito interessante. Acredito que a jornada de cada um contém um aspecto da luta entre o velho e o peixe, o velho e a natureza, o velho e o mar.  

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