Eu li dois livros de Ernest
Hemingway, mas estou procurando uma biografia boa (dele) para ler.
Encanta-me este homem. Os dois livros
que li apresentam um certo ar de melancolia, o mesmo que senti ao ler
o “Apanhador no campo de centeio” de Jerome D. Salinger.
Hemingway viveu sempre no limite:
bebida, mulheres, caça, pesca. Adorava touradas. Viveu boa parte de
sua vida em Cuba. Seu pai suicidou-se. Hemingway, quando ficou velho, doente, já com lapsos de memória, não teve
dúvidas, suicidou-se com um rifle de caça. Mas vamos ao livro.
Hemingway
ganhou o Nobel com este livro, em
especial pela maneira de narrar a história. Mais importante que a
história em si, é o que ela nos passa. Um velho marinheiro fisga um
espadarte gigante e luta com ele durante dias. O autor discorre da
luta do peixe e do pescador e da relação que se estabelece entre os
dois. O pescador enfrenta o sol forte, bolhas nas mãos. Não vou
contar o final, mas adianto que ele arrasta o peixe para a costa.
O livro em si nos faz pensar
sobre perseverança. Mas o final do livro nos leva a pergunta: nossa
vida é uma questão de sorte ou acaso? Será possível perseverar
sem sorte? É um livro de poucas páginas, mas muito interessante. Acredito que a jornada de cada um contém um aspecto
da luta entre o velho e o peixe, o velho e a natureza, o velho e o
mar.
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